quinta-feira, janeiro 27

Auschwitz - "O trabalho liberta"

Acordou, com a testa húmida. Os olhos, frios, inundados de um terror que há sessenta anos padecia de insónias fixaram a parede branca escura nas sombras do quarto. Tentou respirar normalmente, recuperar um batimento cardíaco regular. Esforçou-se por não ver os homens magros, farrapos de homens, que sob o olhar atroz de alguns soldados alemães iam e vinham, e trabalhavam no que mais ninguém queria trabalhar. Não queria mais olhar os velhos que arrastavam o seu corpo, as suas histórias de anciãos, para uma sala, que se enchia de gás tóxico e que ia desvanecendo os seus espíritos.

Mas, há sessenta anos, selaram aquele campo sujo de sangue, de ódio, de vidas humanas ceifadas sem direito e sem foice, que se mantinha sob o irónico lema "o trabalho liberta". O perdão é impossível. Deus talvez perdoe a todos, mas o homem tem limitações na sua capacidade de perdoar. Como todas as noites, acordou, com a testa húmida.

quem queira esquecer. Não esqueçam. O homem não tem que e não deve ter que aprender outra vez com sacríficio dos que inocentes, gritavam, urravam silêncios bem alto, silêncios que ninguém nunca escutava.

3 palavras urbanas:

  • É incrível como isso aconteceu há tão pouco tempo. Incríverl q

    Por: Blogger Avery Veríssimo, às 9:32 da tarde  

  • É incrível como isso aconteceu há tão pouco tempo. Incríverl q

    Por: Blogger Avery Veríssimo, às 9:32 da tarde  

  • É incrível como isso aconteceu há tão pouco tempo. Incrível que hoje em dia certos países ainda insistam em anexar territórios, como se tivessem o direito de invadir, pilhar, matar. São as invasões bárbaras.

    Por: Blogger Avery Veríssimo, às 9:33 da tarde  

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