O sorriso
O cirurgião, de bisturi em punho, deu ínicio à operação. A sua equipa rodeava-o, atenta. A sala era, toda ela, um tremendo, brutal, silêncio. Se a experiência resultasse, seria um marco na história da estética mundial: um homem seco e arrogante teria sido adornado com um sorriso sincero, quase de criança. O paciente jazia na mesa de operações, anestesiado, prostrado, como nunca se ousaria mostrar perante qualquer outro; e se não fosse por desejar possuir um sorriso sincero, não se mostraria assim, frágil, aos olhos deste médico também. Na hora seguinte os médicos davam já por finda a sua obra. Sorriam entre si, e congratulavam-se pelo feito.
O operado, esse, ficou de descansar mais três dias na clínica; e na manhã do quarto dia pediu, antes da partida, silêncio ao médico cirurgião que chefiara a operação. Ele argumentava. Era um acontecimento ciêntífico de excepcional importância! Mas ele não pensava de forma alguma ceder, porque nunca cedera a ninguém que não ele próprio. O médico enfim, de garganta rouca, lá cumpriu a sua vontade. Porém o sovina, de olhar desconfiado por cima de um sorriso sincero, não dava crédito a nenhuma palavra, que era muito vivido no mundo das desilusões e, ao jeito de mordaça, colou na boca do doutor, com um gesto arrogante, uma nota de muitos dólares. O cirurgião levantou-a e com um ar desapontado pediu-lhe que ele ao menos lhe satisfazesse a curiosidade:
– Você nunca sorriu?
E ele, sem palavras, com os mesmos olhos de desprezo reluzindo na face, retirou do bolso do seu elegante e caro casaco uma carteira que desdobrou em frente da cara do seu interlocutor: e lá aparecia, claramente, um homem a sorrir.
O operado, esse, ficou de descansar mais três dias na clínica; e na manhã do quarto dia pediu, antes da partida, silêncio ao médico cirurgião que chefiara a operação. Ele argumentava. Era um acontecimento ciêntífico de excepcional importância! Mas ele não pensava de forma alguma ceder, porque nunca cedera a ninguém que não ele próprio. O médico enfim, de garganta rouca, lá cumpriu a sua vontade. Porém o sovina, de olhar desconfiado por cima de um sorriso sincero, não dava crédito a nenhuma palavra, que era muito vivido no mundo das desilusões e, ao jeito de mordaça, colou na boca do doutor, com um gesto arrogante, uma nota de muitos dólares. O cirurgião levantou-a e com um ar desapontado pediu-lhe que ele ao menos lhe satisfazesse a curiosidade:
– Você nunca sorriu?
E ele, sem palavras, com os mesmos olhos de desprezo reluzindo na face, retirou do bolso do seu elegante e caro casaco uma carteira que desdobrou em frente da cara do seu interlocutor: e lá aparecia, claramente, um homem a sorrir.
2 palavras urbanas:
É inevitável... o Sorriso! Em particular, quando leio os teus textos, as tuas estórias, os teus sonhos...
Mas, para sorrir verdadeiramente, necessitamos sentir o retorno do esforço, acreditar, ter fé (em nós e nos outros), numa palavra... sonhar!
Eis, portanto, o que mais desejo para mim: que tu, meu jovem amigo,... nunca deixes de Sonhar!
E eu, se assim for, e mesmo que não vejas, continuarei sorrindo!...
Por: Anónimo, Ã s 12:27 da tarde
pode parecer fácil, mas não o é. sorrir nem sempre fica bem.., nem sempre encaixa.., e nem sempre se consegue quando é necessário...
mas nós estamos para tentar.
e estás tu para nos fazer ver a vida de outro ponto...
é como se, em vez de teres pontos de vista mais tarde, quando já o é, e te lamentares por não ter seguido outra opinião, não, tens como que uma vista de pontos. Escolhes um, depois olhas para dentro dele, e ficas com o ponto de vista, se for o que achares apropriado.
ensinas-me?ensinas-me a fazer isso?
por enquanto, obrigada.
desculpa,
anonymous
Por: Anónimo, Ã s 9:23 da tarde
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