Não tens palavras?
Então, não tens palavras?
Vais ficar aí na soleira da porta à espera da lua, contando as estrelas no céu muito negro, escutando o som dos grilos no quintal, sons de uma noite bucólica, adormecida sobre si mesma? Que pouco interessa que não saibas o que dizes! Pois que o digas, porque é o que farás melhor. E nós beberemos as tuas palavras porque são belas, não porque queiram dizer alguma coisa; porque aqui, neste lugar recôndito, de tanta beleza que lhe perdemos a conta, nos esquecemos de achar todos os dias graça no orvalho ou na cor das flores ou nas serras em tons de aguarela. E nós beberemos as tuas palavras, não como água, mas como vinho.
Então, não tens nada a dizer?
Eu trago a guitarra para ouvir da tua voz tuas palavras. Se a minha guitarra de canta, era para que lhe contes as tuas palavras. Não contes como números, conta como palavras. Lembra-nos os castelos de fadas, tão pouco importa que eles sejam sonho, lembra-nos um olhar cândido, tão pouco importa que eles estejam extintos, lembra-nos uma cidade em silêncio, adorando-se, tão pouco importa que não a saibamos imaginar, lembra-nos a neve. Quero que me lembres a neve. Sim, hoje a neve. Vou buscar a guitarra, e tu lembras-me a neve.
Então não nos lembras nada?
Não te abandones a esse silêncio. Não quero mais silêncios. Os silêncios são para quem fala, para quem ouve, para quem se envolveu na delícia ou no trauma dos sons quotidianos. Mas aqui esses sons não chegam a boatos. Não, não quero mais silêncios. Não nos deixes em silêncio, porque eu não sei imaginar sem a tua voz. Vou buscar a guitarra, sim?
Vais ficar aí na soleira da porta à espera da lua, contando as estrelas no céu muito negro, escutando o som dos grilos no quintal, sons de uma noite bucólica, adormecida sobre si mesma? Que pouco interessa que não saibas o que dizes! Pois que o digas, porque é o que farás melhor. E nós beberemos as tuas palavras porque são belas, não porque queiram dizer alguma coisa; porque aqui, neste lugar recôndito, de tanta beleza que lhe perdemos a conta, nos esquecemos de achar todos os dias graça no orvalho ou na cor das flores ou nas serras em tons de aguarela. E nós beberemos as tuas palavras, não como água, mas como vinho.
Então, não tens nada a dizer?
Eu trago a guitarra para ouvir da tua voz tuas palavras. Se a minha guitarra de canta, era para que lhe contes as tuas palavras. Não contes como números, conta como palavras. Lembra-nos os castelos de fadas, tão pouco importa que eles sejam sonho, lembra-nos um olhar cândido, tão pouco importa que eles estejam extintos, lembra-nos uma cidade em silêncio, adorando-se, tão pouco importa que não a saibamos imaginar, lembra-nos a neve. Quero que me lembres a neve. Sim, hoje a neve. Vou buscar a guitarra, e tu lembras-me a neve.
Então não nos lembras nada?
Não te abandones a esse silêncio. Não quero mais silêncios. Os silêncios são para quem fala, para quem ouve, para quem se envolveu na delícia ou no trauma dos sons quotidianos. Mas aqui esses sons não chegam a boatos. Não, não quero mais silêncios. Não nos deixes em silêncio, porque eu não sei imaginar sem a tua voz. Vou buscar a guitarra, sim?
3 palavras urbanas:
O webdreamer é um poeta! Calculo que veja em tudo o que o rodeia POESIA porque a sua escrita leva-nos aos mundos que existem para lá das nuvens e onde realmente as palavras são pouco necessárias! Tragam-nos sim, o sibilar das guitarras chorando ao longe os ecos dos momentos da nossa vida que nunca mais voltaremos a reaver. E como sou mulher aqui vai um beijão pela Web para o Dreamer dos meus Sonhos!
Por: Anónimo, Ã s 9:58 da tarde
Se não tenho palavras?
Claro que tenho. Estou só à espera do fim-de-semana, para ir ao campo, subir ao cume da minha serra e gritar aos ventos:
"ESTOU QUE NEM POSSO! A REBENTAR DE ORGULHO!!!"
Ass) O Pai dum sonhador.
Por: Anónimo, Ã s 1:05 da tarde
sim. vá de buscar a guitarra e volte a cantar. volte a falar.volte a dizer palavras que as quero ouvir, que as quero ler, para assim sonhar, num mundo de escuros e claros. num mundo de luzes da cidade á noite e de passarinhos a cantar de manhã e de ventos que movem as relvas dos prados à tarde. num mundo bom.
sim. vá de buscar a guitarra para eu poder gostar da palavra e da letra. e poder gostar de quem a escrever. e aí toda a palavra vai poder ser bonita, num fundo branco de neve.
neve porque quem for buscar a guitarra me vai ajudar a imaginá-la, e vivê-la, e porque eu nunca vi ou senti neve.
agora sim, já não. já não não tenho mais palavras.
mas espero que me tenha conseguido fazer entender com aquelas que conseguis-te fazer sair de mim.
desculpa,
anonymous
Por: Anónimo, Ã s 4:23 da tarde
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