Em cima da mesa está uma vela - vê-la? A cera é de um encarnado vivo, a cor do sangue, gemendo e derretendo sob o calor da chama. Tem cuidado, não vá um desses longos suspiros apagar a vela; não pressiones o pavio entre os dedos nem sopres deliberadamente, porque esta vela quer-se acesa, como em vigília permanente. Não olhes com esses olhos, o lento marchar do fogo não agonia, é belo. Olha outra vez - vês?A chama é pequena e amarela e alumia um poema, mas de uma forma singularmente frágil, porque as letras e as palavras se perdem na brancura da folha de papel. O oxigénio é consumido e a cera vermelha derrete em pequenas gotículas que escorregam lânguidamente com o vagar de quem toda a noite; lá fora a abóboda celeste é novamente um tecto infinito para olhares contemplativos.No fim, num daqueles fins das histórias de encatar,"e viveram felizes
para sempre"
a vela doura e ilumina dois versos do poema, a última, em que culminam momentos e sentimentos num grito de extâse. Lê-os, lê os versos:
"itmaybelovemaybehate,
youaretheonewhoknows ."